Desde o final do século XIX, o atual Vietnã em conjunto com o Laos e o Camboja, compunham o território conhecido por Indochina, que era uma possessão da França. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão avançou sobre o Sudeste Asiático, desalojando os franceses e anexando a região aos seus domínios. Os vietnamitas organizados na Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã, liderados por Ho Chi Minh, reagiram aos japoneses e no final da Segunda Guerra proclamaram, na parte norte do país, a República Democrática Vietnã.
Logo depois, entraram em guerra contra os franceses, que continuavam na tentativa de reconquistar a região, e os venceram de forma esplendorosa na Batalha de Dien Bem Phu, em 1954. No mesmo ano, na Conferência de Genebra, convocada para celebrar a paz, decidiu-se que até as eleições gerais, que seriam realizadas em 1956, o Vietnã independente ficaria dividido em:
• Vietnã do Norte (socialista)
• Vietnã do Sul (pró-capitalista)
Nos anos posteriores, ao mesmo tempo em que a Guerra Fria se acentuava, foi crescendo a rivalidade entre o Vietnã do Norte e do Sul, as eleições com vistas à reunificação do país não se realizaram. Em oposição à divisão do Vietnã e ao ditador que os governava, os sul-vietnamitas fundaram, em 1960, a Frente Nacional de Libertação. Essa organização era formada por grupos guerrilheiros socialistas conhecidos como vietcongues.
A Frente recebeu imediato apoio do Vietnã do Norte. Com a intenção de acabar com a expansão do socialismo na região, os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar ao governo do Sul e com isso precipitaram o início de uma nova guerra. Após doze anos de participação no conflito, e apesar de seu poderoso arsenal bélico, os norte-americanos foram derrotados e se retiram da região em 1973, quando o governo de Saigon rendeu-se aos seus adversários. No ano seguinte os vencedores promoveram a unificação do país, tornando o Vietnã um Estado Socialista.